Inteligência Artificial na Odontologia: O Profissional do Futuro Começa Agora

A tecnologia já chegou. E ela quer caminhar com você.

 

Se você sente que o tema “Inteligência Artificial” está em todos os lugares — da faculdade aos congressos, dos sistemas aos stories — é porque está mesmo. E isso não é modinha: é uma transformação de verdade.

Em 2023, no maior congresso de Odontologia, o IDS na Alemanha, muitas empresas ainda estavam tentando entender o que era IA. Já em 2025, ela era a grande estrela: praticamente todos os estandes apresentavam soluções com inteligência artificial integrada. A mensagem era clara:

A IA deixou de ser uma possibilidade. Agora, é presença obrigatória.

Mas afinal, o que é IA?

 

Antes de tudo, vale simplificar:

IA é um campo da computação que permite que máquinas realizem tarefas que normalmente exigiriam inteligência humana. E com certeza você já escutou outros nomes como machine learning, redes neurais, etc. 

Vou te explicar bem rapidinho o que são esses conceitos:

  • Inteligência Artificial (IA) é qualquer tecnologia que simula a capacidade humana de pensar, aprender ou tomar decisões.

  • Machine Learning (ML) é quando essa IA aprende com os dados e melhora com o tempo.

  • Deep Learning (DL) é um tipo de ML mais complexo, inspirado no funcionamento do cérebro, capaz de identificar padrões muito sutis.

Processamento de Linguagem Natural (PLN) é a IA que entende a linguagem humana (como você está lendo agora).

E o que isso tem a ver com a odontologia?

 

Muito mais do que você imagina. A IA já está presente em:

1. Sistemas de imagem e planejamento

Ferramentas com IA ajudam a organizar cortes tomográficos, detectar estruturas anatômicas automaticamente e apoiar o planejamento de implantes, ortodontia e cirurgias. Aqui na RadioMemory, por exemplo, usamos IA para otimizar a navegação em exames com agilidade e segurança, realizar traçados cefalométricos e você vai conhecer em breve o Botão IA, que vai mostrar alterações como cáries, lesões periapicais, cálculo, etc. 

2. Organização da rotina clínica

Ferramentas como ChatGPT (ou outras similares) auxiliam na criação de:

  • Textos explicativos para orientar pacientes

     

  • E-mails e mensagens com linguagem adequada

     

  • Protocolos clínicos e checklists de atendimento

     

  • Modelos de ficha clínica e anamnese digital

     

  • Termos de consentimento e pós-operatórios

     

Tudo isso ajuda a economizar tempo e manter a comunicação mais clara e padronizada.

3. Aprendizado

Se atualizar na odontologia nem sempre é fácil. Mas com IA, é possível fazer isso com muito mais fluidez, buscando artigos científicos de forma rápida e confiável:

  • Perplexity AI: busca conteúdo com base em fontes confiáveis e explica os resultados com linguagem simples.

     

  • Scite.ai: mostra quantas vezes um artigo foi citado e se foi de forma positiva ou crítica.

Essas ferramentas são grandes aliadas do profissional que quer se manter atualizado sem se perder em meio a dezenas de abas abertas e fontes não confiáveis.

Criatividade e imagem profissional com IA

 

Você também pode usar IA para se destacar visualmente — seja para criar um post educativo, seja para montar uma aula ou apresentar seu consultório com mais impacto.

Ferramentas úteis incluem:

  • Canva com IA integrada: ideal para criar apresentações, artes e conteúdos de forma intuitiva.

  • VEO: gera vídeos realistas a partir de texto, ótimo para criar conteúdos institucionais.

  • Gamma: gera apresentações a partir de textos e tópicos automaticamente.

Tudo isso facilita sua comunicação com pacientes, alunos ou colegas — e ainda economiza tempo.

A IA vai me substituir?

 

Essa é uma das perguntas mais comuns — e mais humanas.

“Será que a IA vai acabar com a minha profissão?”

A resposta curta é: não. Mas quem não aprender a usá-la pode sim ficar para trás.

Portanto a IA não irá nos substituir, mas um profissional que sabe usar IA, certamente vai. 

Este processo de relacionamento ser humano – máquina, cada vez fica mais claro, é um processo de adição e não de substituição. 

Mas como começar?

 

Usar a IA pode ser desafiador, especialmente quando esbarramos em questões éticas. Afinal, até onde podemos (ou devemos) ir com ela? 

A verdade é que a IA é uma ferramenta de suporte — e não uma substituta.

O ideal é que você mantenha sua posição no centro do processo: 

  • Você entra com o conhecimento clínico, o julgamento ético e a tomada de decisão final.
  • A IA entra como parceira estratégica, oferecendo velocidade, padronização, análise de dados e sugestões com base em evidência.

Mas atenção: ela não faz nada sozinha. Para extrair o melhor da IA, é necessário repertório técnico, vocabulário, conteúdo e, acima de tudo, pensamento crítico. É o profissional humano quem dá direção, reconhece falhas, ajusta rotas e transforma os resultados da IA em decisões relevantes. É você quem valida, refina e torna útil aquilo que a IA propõe.

IA e humano juntos, formam uma equipe imbatível.
A IA não deve ser usada para substituir o raciocínio clínico, mas para expandir suas capacidades humanas.

A IA pode ser brilhante em propor caminhos — mas é você quem decide qual seguir.

Mas atenção: IA não é desculpa para parar de estudar

 

Ela te ajuda a aprender. Te ajuda a produzir mais. Mas você ainda é o cérebro da operação.

É importante saber o que é uma boa fonte. Entender como o algoritmo funciona. Estar por dentro das tendências da profissão. Como falamos ali em cima, IA é um atalho — mas o caminho você precisa conhecer.

O profissional do futuro é você

 

A odontologia está passando por uma revolução junto com o restante do mundo na questão tecnológica. E ela está no seu consultório, nos seus exames, nas suas decisões. Você não precisa dominar tudo agora — mas precisa começar a se familiarizar.

A IA não tira sua relevância. Ela amplia.

Quem souber usá-la com consciência, ética e inteligência, vai estar sempre um passo à frente.