Ortodontistas têm se preocupado cada vez mais em saber se um paciente que apresenta algum comprometimento esquelético, de fato, pode passar por procedimentos ortodônticos. Nesse caso, saber qual é a idade óssea dele é fundamental. Ou seja, identificar qual é o estágio maturacional do paciente.
Quando um profissional de saúde descobre a idade óssea de uma pessoa, isso significa que ele passa a conhecer seu grau de maturação dos ossos. Com a posse desses dados, é possível tomar decisões quanto a diversos procedimentos, já que se entende a previsão de quanto tempo ainda restará para que o paciente atinja o maior nível de maturidade óssea.
Quem acredita que a maturação esquelética (processo de desenvolvimento dos ossos) é igual à idade cronológica (anos de vida) está bem enganado. Essas duas instâncias podem ser diferentes, apontando às vezes para um perigo.
O desenvolvimento do ser humano pode ser complexo e apresentar desafios reais. Se você quer entender mais sobre o assunto, continue acompanhando este artigo!
Por que é importante medir a idade óssea?
Muitos pacientes passam por exames radiográficos e não fazem muita ideia do que está sendo avaliado. Entender as complexidades da estrutura óssea de uma pessoa pode ser essencial para um profissional da saúde, dependendo da área ou procedimento que será executado.
A medição da idade óssea é muito comum principalmente entre ortodontistas e cirurgiões bucomaxilofaciais. Eles buscam identificar o grau de maturação para estimar de forma correta qual será o crescimento dos ossos maxilares. Além disso, trabalham para planejar aparelhos ortodônticos e cirurgias ortognáticas.
Estudiosos e cientistas da área costumam dizer que a avaliação da idade esquelética é o modo mais fiel para determinar a idade biológica. Isso é dito porque são muitos os casos em que métodos diferentes não demonstram a eficiência necessária por conta da variabilidade de parâmetros como condições climáticas e socioeconômicas (que apontam para aspectos de nutrição), predisposição genética e enfermidades.
Existem diferentes métodos para diagnosticar a maturação óssea de um paciente. No entanto, vamos falar um pouco mais sobre os estágios que podem ser diagnosticados. Continue lendo.
A idade óssea por ser considerada atrasada e avançada?
O tempo de maturação dos ossos pode variar muito entre as pessoas. Assim, é possível identificar estágios comuns, bem como estágios de avanço ou atraso.
A idade óssea é tida como atrasada em casos em que a diferença de crescimento comparada à idade cronológica é verdadeiramente significativa. Esse deslize pode variar de acordo com a idade e nem sempre representa atraso. É necessário ter experiência na análise para a perfeita identificação.
Se uma criança é saudável, mas apresenta idade óssea atrasada, ela provavelmente levará mais tempo até que inicie a puberdade. Isso acontece porque ela tem um ritmo de crescimento mais lento que o comum. Na maioria dos casos, alguém na família apresentou medida semelhante, como a mãe que pode ter menstruado mais tarde.
Se a idade óssea estiver mais de 1 ou 2 anos em atraso com relação à cronológica, recomenda-se uma avaliação mais profunda em busca de possíveis problemas de saúde que possam afetar o desenvolvimento da criança ou adolescente.
Há também casos em que a idade óssea é considerada avançada, requerendo atenção quanto à rápida velocidade de crescimento. Pré-adolescentes com registros de puberdade precoce exemplificam esses quadros. Se o tratamento adequado não for feito a tempo, as consequências estruturais podem ser irreversíveis.
Como detectar a idade óssea?
Existem diferentes métodos para determinar a idade esquelética de uma pessoa. A primeira foi proposta no começo do século XX por Pryor. Hoje, podemos separar essas metodologias em três tipos:
- método clássico;
- método de escores;
- métodos que utilizam medidas dimensionais dos centros de ossificação.
Os estudos mais famosos levaram à forma que foi utilizada de modo mais amplo durante muitos anos no setor de saúde: a radiografia carpal. As radiografias de mão e punho informam ao profissional em que fase da curva de crescimento o paciente está. Quase trinta centros de ossificação estão localizados entre a mão e o punho, configurando essa região como a mais propícia para esse determinado estudo.
Apesar dos avanços no procedimento, a odontologia não se contentou com a análise dos indicadores localizados nesta região corporal.
A evolução revelou novos métodos capazes de depender da aplicação padrão (com uso da documentação ortodôntica padrão), mas entregando a mesma precisão. Foi assim que se popularizou a observação da maturação esquelética por imagens das vértebras cervicais, em telerradiografias laterais cefalométricas.
O método conhecido como telerradiografia lateral apresentou indicadores úteis, viáveis e confiáveis, dispensando a radiografia carpal.
Qual o método mais eficiente?
É impossível determinar qual método apresenta mais eficiência, pois tal avaliação dependeria de muitos fatores. No entanto, a possibilidade de avaliação das discrepâncias ósseas, do potencial de crescimento dos pacientes e das alterações posicionais em uma única radiografia demonstra a validade, na prática clínica, desse método não apenas para o ortodontista, como para o cirurgião buco-maxilofacial e o ortopedista funcional dos maxilares.
Em outubro de 2017, o projeto de lei 3661/2012, do senador Paulo Paim (PT/RS), ganhou destaque na mídia. Um dos artigos permite a interpretação de que apenas técnicos e bacharéis em radiologia poderiam operar equipamentos radiológicos. A CFO e ABRO se manifestaram contra o projeto, que ainda está em tramitação. E a radiografia carpal acabou ficando no centro do debate.
Atualmente, a ABRO está orientando dentistas e radiologistas a adotar a análise cervical como método preferencial, em detrimento da carpal. Vale lembrar que, por utilizar a telerradiografia, a análise cervical é tida como um método mais prático e seguro, já que se trata de uma das principais radiografias já utilizadas em tratamentos ortodônticos.
Com o passar dos anos, a ortodontia contemporânea tem demonstrado muitos avanços, e eles não devem parar por aí. A eficiência com relação à precisão do diagnóstico e os próprios tratamentos em si revelam a qualidade dessas progressões. Sem falar da previsibilidade e estabilidade dos resultados.
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